Diagnóstico e
prevenção
das porfirias
agudas e cutâneas.
Agudas
Na identificação de casos suspeitos o primeiro fator
a ser considerado é a presença de sintomas, pois alguns exames só
serão informativos durante o período de crise.

Nas porfirias agudas inicia-se o rastreamento pela
dosagem de porfobilinogênio (PBG) e de ácido delta-aminolevulínico
(ALA) urinários, que se encontram aumentados em todas
elas. Quando
em presença de porfirias cutâneas está indicada, para o diagnóstico
inicial, a determinação das porfirinas plasmáticas. A positividade
de algum destes testes é altamente sugestiva, partindo-se para a
identificação do tipo de porfiria através das porfirinas urinárias,
fecais e dos eritrócitos. Estes exames não estão indicados como
testes de rastreio por falharem em sensibilidade e especificidade, o
que dificulta a interpretação dos resultados.
Hospitalização pode ser necessária para tratamento da
dor, náuseas e vômitos, administração de líquidos, eletrólitos,
glicose e hemina intravenosa, controle de desequilíbrios de
eletrólitos e complicações neurológicas.
É importante revisar imediatamente a medicação, e prescrever somente
medicamentos não porfirinogênicos.
Ver
Medicamentos
e porfirias agudas.
ATENÇÃO
Medicamentos bastante utilizados, mas de uso
proibido

para pacientes com Porfirias Agudas.
DIPIRONA
Dipirona sódica ou Matamizol ou ainda Metilmelubrina, derivado
pirazolônico, medicamento antiinflamatório não-estereoidal (AINE) de
uso restrito na maioria dos paises, mas extremamente popular no
Brasil é comercialmente conhecida pelos nomes Dipidor®, Novalgina®,
Neosaldina®, Lisador®, Nolotil®, Conmel®, dentre outros, até também
pelo próprio nome Dipirona®.
BUSCOPAN COMPOSTO
(Dipirona sódica + butilescopolamina)
DRAMIN (Dimenidrinato)
PLASIL (Metoclopramida)
DIAGNÓSTICO
Inicialmente deve ser feita a pesquisa e
dosagem de porfobilinogênio (PBG) e de ácido delta-aminolevulínico
(ALA) urinários
(a mostra deve
ser colhida e mantida em frasco escuro, ao abrigo da luz). Na porfiria ALA desidratase (muito rara) haverá aumento de ALA, mas não
de PBG. Complementando, identifica-se o tipo de porfiria através das
porfirinas urinárias, fecais e dos eritrócitos. A confirmação e
identificação da mutação genética é feita com testes enzimáticos e
moleculares.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO
No tratamento tardio, podem ocorrer danos neuronais demorados para
recuperação.
Suspender medicamentos porfirinogênicos como
anticonvulsivantes, bloqueadores dos canais de cálcio,
metoclopramida, alguns sedativos, antibióticos, antifúngicos e
hormônios
(ver
Medicamentos
e porfirias agudas),
além de álcool e fumo.
Tratar dor, náuseas e vômitos com drogas consideradas
seguras.
Fornecer um aporte elevado de glicose (300 gramas ou
mais/dia) através de dieta rica em carboidratos e/ou infusão de
glicose hipertônica.
A glicose pode diminuir o excesso de excreção de
precursores do heme, e assim impedir ou acelerar a recuperação de
uma crise de porfiria aguda. Portanto, sugere-se administrar glicose
por via intravenosa, quando os pacientes não puderem consumir
carboidratos devido a náuseas ou vômitos.
Corrigir hiponatremia, hipo/hipertensão e promover
suporte ventilatório (paralisia bulbar).
Iniciar terapia com hemina (Estados Unidos) ou
arginato de heme (Europa). Inibem a ação da primeira via da síntese
do heme, bloqueando a produção e acúmulo das porfirinas.
REFERÊNCIAS:
Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento das Porfirias Agudas
Karl E. Anderson, MD; Joseph R. Bloomer, MD; Herbert L. Bonkovsky,
MD; James P. Kushner, MD; Claus A. Pierach, MD;Neville R. Pimstone,
MD; e Robert J. Desnick, PhD, MD Ann Intern Med. 2005;142:439-450.
www.annals.org
http://www.porphyriafoundation.com/about-porphyria/diet-and-nutrition/the-glucose-effect-in-acute-porphyria
Porfirias Diagnóstico
Laboratorial
Instituto H. Pardini
The Porphyrias Consortium
http://www.rarediseasesnetwork.org/porphyrias/index.htm
European Porphyria Network
http://www.porphyria-europe.com/01-for-patients/PT/acute-porphyria.asp
GeneReviews ® [Internet].
Porfiria Aguda Intermitente
Sinônimos: Deficiência de PBGD,
deficiência de Porfobilinogênio Desaminase
Sharon D Whatley , PhD e Michael N Badminton , PhD, FRCPath.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1193/?report=printable
Manejo clinico e nutricional de las porfirias agudas
MARTIN, Luisa; TOMASSI, Lucía; PARERA, Victoria; BATLLE,
Alcira.
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